Data: 06-02-2012
Criterio:
Avaliador: Miguel d'Avila de Moraes
Revisor: Tainan Messina
Analista(s) de Dados: CNCFlora
Analista(s) SIG:
Especialista(s):
Justificativa
Espécie amplamente distribuída e considerada como "Menos preocupante" (LC).
Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.
Nome válido: Dyckia tuberosa (Vell.) Beer;
Família: Bromeliaceae
Sinônimos:
Este táxon foi descrito por Vellozo (1825), sem a citação de typus. Os registros levantados não devem servir para a avaliação, pois não se sabe a qual entidade biológica este nome está ligado. Nos herbários este nome é utilizado indiscriminadamente, ou seja, não se sabe o que é a espécie, quanto mais se ela esta ameaçada (Forzza, com. pess.).
Segundo Carmo (2006) a espécie foi observada em uma parcela de 30 m em área de Campo Rochoso, Cerrado, representando um VI de 3,3.De julho de 2001 a maio de 2002, Vosgueritchian; Buzato (2006) amostraram 60 indivíduos, ao acaso no afloramento rochoso (Pedra Grande) para caracterizar o número de indivíduos que se reproduz sexuadamente na subpopulação.Vieria et al. (2007) coletaram sementes de 12 indivíduos da espécie na Estação Ecológica de Itirapina, entre os municípios de Itirapina e Brotas, para estudos germinativos.
A espécie ocorre na Mata Atlântica e Cerrado, nos Estados de Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Santa Catarina (Forzza et al., 2011). De acordo com Carmo (2006), Dyckia tuberosa, forma densas rosetas sobre os afloramentos no Parque Estadual do Guartelá, município de Tibagi, PR, por tratar-se de uma espécie rupícola. Segundo Versieux; Wendt (2006) a espécie ocorre em faixa altitudinal que varia entre 300 e 1.300 m.
Espécie terrícola ou rupícola, heliófita e seletiva xerófita ou reófita, 0,4-0,6 m de altura com mais ou menos 30 folhas dispostas em densa roseta, muito rara em Santa Catarina, encontrada sobre rochas nos campos litólicos do planalto, bem como sobre pedras em riachos. Apresenta restrita, descontínua e inexpressiva dispersão (Reitz, 1983). Espécie herbácea (Batalha; Martins 2004). Como há ausência de reprodução sexuada em muitos indivíduos, e esta espécie é dominante no afloramento rochoso estudado (Pedra Grande, Parque Municipal da Grota Funda, Serra do Itapetinga em Atibaia, São Paulo), consideramos que a propagação clonal seja uma estratégia importante para a disseminação de D. tuberosa na área (Vosgueritchian; Buzato 2006).
11 Other
Detalhes
O Parque Estadual do Cerrado de Jaguariaíva - PR foi considerado com grau de importância e prioridade extremamente alta. Isto é devido a ser ameaçado por queimadas e estar em uma região onde a ocorrência de solos mais profundos é extremamente adequada à prática de agricultura e silvicultura, sendo que as atividades econômicas em torno do parque são fontes de constante impacto, tanto pela invasão do gado, como de espécies vegetais exóticas (como Brachiaria, Pinus e Eucalyptus) (Aguiar, 2010).
1.7 Fire
Detalhes
Os incêndios são ameaças constantes às unidades de conservação (SNUC) e, no caso do Parque Estadual do Cerrado, podem gerar efeitos catastróficos visto que ele representa um fragmento com área reduzida, desconectado da matriz dos cerrados no Brasil. Porém, nos cerrados o fogo é um distúrbio frequente, onde exerce inúmeros e diversificados efeitos ecológicos e dessa forma, pode ser identificado como o seu principal fator de formação (Lima; Batista, 1993; Ramos-Neto; Pinheiro-Machado, 1996 apud Koproski, 2010). Não há informações relacionadas a influência direta do fogo sobre a espécie.
1.2.1.3 Sub-national level
Situação: on going
Observações: A espécie foi considerada "Em Perigo" (EN) na Lista vermelha da flora do Rio Grande do Sul (CONSEMA-RS, 2002).
1.1 Management plans
Situação: on going
Observações: - Plano de Manejo Parque Estadual da Serra do Mar- Plano de Manejo do Parque Estadual do Guartelá
4.4 Protected areas
Situação: on going
Observações: - Parque estadual do Cerrado em Jaguariaíva - Paraná (Aguiar, 2010; Koproski, 2010)- Reserva Pé-de-Gigante, Santa Rita do Passa Quatro, SP (Batalha; Mantovani, 2001)- Parque Nacional das Emas (Batalha; Martins, 2004)- Parque Municipal da Grota Funda, Serra do Itapetinga em Atibaia, São Paulo (Vosgueritchian; Buzato, 2006)- Parque Estadual do Guartelá, Tibagi, Paraná (Carmo, 2006)- Estação Ecológica de Itirapina (Vieria et al., 2007)
5.7 Ex situ conservation actions
Situação: on going
Observações: Vieria et al. (2007) obtiveram altos índices de germinabilidade de sementes na luz (93%).
- VIEIRA, D. C. M.; SOCOLOWSKI, F.; TAKAKI, M. Germinação de Sementes de Dyckia tuberosa (Vell.) Beer (Bromeliaceae) sob Diferentes Temperaturas em Luz e Escuro. Revista Brasileira de Botânica, v. 30, n. 2, p. 183-188, 2007.
- VOSGUERITCHIAN, S. B.; BUZATO, S. Reprodução Sexuada de Dyckia tuberosa (Vell.) Beer (Bromeliaceae, Pitcairnioideae) e Interação Planta Animal. Revista Brasileira de Botânica, v. 29, n. 3, p. 433-442, 2006.
- MARTA REGINA BARROTTO DO CARMO. Caracterização Fitofisionômica do Parque Estadual do Guartelá, Município de Tibagi, Estado do Paraná. Tese de Doutorado. Rio Claro, SP: Universidade Estadual Paulista "Julio de Mesquita Filho", 2006.
- MARTINELLI, G.; VIEIRA, C. M.; LEITMAN, P. ET AL. Bromeliaceae. In: STEHMANN, J. R.; FORZZA, R. C.; SALINO, A. ET AL. Plantas da Floresta Atlântica. p.186, 2009.
- FORZZA, R. C.; COSTA, A. SIQUEIRA FILHO, J. A. ET AL. Dyckia in Lista de Espécies da Flora do Brasil, Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2011/FB006046>. Acesso em: 01 de Fevereiro de 2011.
- VERSIEUX, L. M.; WENDT, T. Checklist of Bromeliacea of MInas Gerais, Brazil, with Notes on Taxonomy and Endemism. Selbyana, v. 27, n. 2, p. 107, 2006.
- BATALHA, M. A.; MARTINS, F. R. Reproductive Phenology of the Cerrado Plant Community in Emas National Park (Central Brazil). Australian Journal of Botany, v. 52, p. 149-161, 2004.
- BATALHA, M. A., ARAGAKI, S.; MANTOVANI, W. Florística do Cerrado em Emas (Pirassununga, SP). Boletim de Botânica da Universidade de São Paulo, v. 16, 1997.
- TANNUS, J. L. S.; ASSIS, M. A.; MORELLATO, L. P. C. Fenologia Reprodutiva em Campo Sujo e Campo Úmido Numa Área de Cerrado no Sudeste do Brasil, Itirapina ? SP. Biota Neotropica, v. 6, n. 3, 2006.
- AGUIAR, T. H. DE. Relatório Final ? Estudo de Campo - Florística do Parque Estadual do Cerrado em Jaguariaíva- Paraná: Atualização da Lista de Espécies, Londrina, PR, 2010.
- BATALHA, M. A.; MANTOVANI, W. Floristic Composition of the Cerrado in the Pé-de-Gigante Reserve (Santa Rita do Passa Quatro, Southeastern Brazil). Acta botânica brasileira, v. 15, n. 3, p. 289-304, 2001.
- LETÍCIA KOPROSKI. Risco de Incêndio e suas Correlações com a Diversidade Biológica no Parque Estadual do Cerrado (Paraná, Brasil). Tese de Doutorado. Curitiba, PR: Universidade Federal do Paraná, 2010.
- REITZ, R. Bromeliáceas, e a malária - Bromélia Endêmica. 1983. 559 p.
- CONSELHO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE, RIO GRANDE DO SUL. Decreto estadual CONSEMA n. 42.099 de 31 de dezembro de 2002. Declara as espécies da flora nativa ameaçadas de extinção no estado do Rio Grande do Sul e da outras providências, Palácio Piratini, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, 31 dez. 2002, 2002.
- FUNDAÇÃO BIODIVERSITAS. Revisão da lista da flora brasileira ameaçada de extinção. Belo Horizonte, MG: FUNDAÇÃO BIODIVERSITAS PARA A CONSERVAÇÃO DA NATUREZA, 2005.
CNCFlora. Dyckia tuberosa in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora.
Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Dyckia tuberosa
>. Acesso em .
Última edição por CNCFlora em 06/02/2012 - 17:44:09